Muitas pessoas nem imaginam, mas o olho também é um órgão que pode ser atacado pelo câncer. O tipo de câncer ocular mais frequente é o melanoma de coróide, um tumor maligno mais comum em adultos do que em crianças. “Temos percebido um aumento no diagnóstico desse tipo de câncer, tendo em vista um maior acompanhamento dos pacientes com os exames de rotina”, explica o oftalmologista Dr.Almyr Saborsa , especialista em oncologia e chefe do Departamento de Tumores Oculares do Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro – IORJ.
A) MELANOMA DE CORÓIDE
O melanoma de coróide é o tumor primário intra-ocular mais comum em adultos, a incidência anual de melanoma ocular é de aproximadamente 10 casos para cada milhão de habitantes. Incide igualmente em homens e mulheres e entre os 40 e 65 anos de idade.
O melanoma pode acometer diferentes partes do olho, desde a parte mais externa (pálpebra e conjuntiva), até as estruturas internas, como a íris, o corpo ciliar e a coróide. A parte do olho mais acometida pelos melanomas é a coróide, camada do olho entre a esclera e a retina, no “fundo do olho”. Esta parte do olho não é visível a olho nu, sendo necessário dilatar a pupila e examinar com equipamentos especiais para ver as doenças que afetam esta parte do olho.
O Melanoma de Coróide pode apresentar sintomas como queda de visão e pontos luminosos, porém, em grande parte dos pacientes, ocorre sem sintomas, sendo detectado durante um exame de rotina. Por estar localizado dentro do olho, o Melanoma de Coróide raramente causa sinais externos perceptíveis a olho nu.
Em alguns casos pode se manifestar com queda da visão caso apresente-se associado a descolamento da retina, ou quando ele é muito grande produzindo uma sombra na visão. Os exames oftalmológicos para o diagnóstico são: Retinografia , Angiografia, Ultra-som Ocular e Mapeamento da Retina.
É um tumor grave que pode causar metástases no fígado, cérebro ou pulmões, por esse motivo, deve-se realizar mapeamento do abdômen, tórax e crânio, por meio de tomografia, ressonância magnética e provas da função hepática por meio de exames de sangue a cada 6 meses no pacientes com a presença do tumor.
Tratamento:
Segundo o Dr.Almyr Saborsa, o primeiro objetivo no tratamento do melanoma de coróide é salvar a vida do paciente e tal tratamento depende do tamanho do tumor e estágio em que é feito o diagnóstico. Didaticamente podemos descrever três possíveis tratamentos: Enucleação (remoção do olho), braquiterapia (utilizando placas radioativas; Ex: iodo-125, cobalto-60 ou rutênio) ou endo-ressecção (nova técnica que remove o tumor de dentro do olho por micro cirurgia). Se o tamanho for pequeno ou médio é possível tratar com qualquer uma das três técnicas. No caso da braquiterapia, um pequeno implante radioativo é colocado do lado de fora do olho através de uma cirurgia, liberando energia responsável pela destruição das células cancerosas minimizando a radiação a orgãos saudáveis, como o outro olho, o cérebro, etc. Depois de um ou dois dias a placa de braquiterapia é retirada e o paciente retorna à vida normal.
Acompanhamento:
Os pacientes com melanoma ocular são acompanhados em conjunto pelo oftalmologista especializado em tumores e pelo médico oncologista. Sabemos que nos primeiros 5 anos após tratamento existe maior chance do paciente desenvolver metástases e o principal órgão a ser afetado é o fígado e durante este período o paciente deve ser examinado a cada seis meses.
Geralmente o acompanhamento é realizado a cada seis meses, com exame oftalmológico para garantir que o tumor esteja controlado e exames de fígado e sangue para verificar que não existam metástases em outros órgãos.
B) RETINOBLASTOMA
O que é Retinoblastoma?
É um câncer ocular que atinge as células da retina, sendo o tipo mais comum de tumor ocular a acometer crianças desde o nascimento até aproximadamente os 5 anos de vida. Este câncer acomete 1 criança em cada 15 mil nascidas vivas. A apresentação mais comum do Retinoblastoma é o reflexo pupilar branco ou “o reflexo do olho de gato”. Ele tem origem genética e é causado pela mutação de um gene do cromossomo 13.
Em 10% dos casos é transmitido por hereditariedade. Os outros 90% têm causas desconhecidas. Ele pode se manifestar desde o nascimento ou surgir durante os 4 primeiros anos de vida. Pode atingir os dois olhos ou apenas um deles. Os sinais de retinoblastoma são: presença de um brilho branco e perda do reflexo vermelho na pupila, semelhante a um olho de gato no escuro ou a uma luz branca que pisca dentro da “menina dos olhos”. Ele também pode ser caracterizado por um estrabismo precoce.
O Retinoblastoma pode ser identificado através de uma fotografia. Quando a luz do flash da câmera bate sobre os olhos e reflete um ponto branco na pupila, representa o reflexo da luz sobre a superfície do próprio tumor. Ao notar esse sintoma procure um oftalmologista para realizar os exames necessários e diagnosticar rapidamente a doença.
De acordo com o Dr.Almyr Saborsa, o diagnóstico é feito pelo exame do fundo do olho (Link para: EXAMES – , em geral complementado pela ultrassonografia ocular e pela tomografia por computador, do olho, órbita e sistema nervoso central. O retinoblastoma pode evoluir, invadir o nervo óptico e alcançar o cérebro, podendo ainda atingir outros órgãos e ser fatal. O tratamento depende do seu estágio de evolução, resultados melhores são obtidos nos estágios iniciais da doença.
Tumores pequenos, em geral, são tratados por laser; tumores médios são tratados por quimioterapia, braquioterapia e laser; Tumores grandes, geralmente, só podem ser tratados pela remoção do globo ocular.
Quando há invasão do sistema nervoso central ou outros órgãos são atingidos, usa-se quimioterapia e radioterapia no tratamento.
O Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro – IORJ® utiliza um dos mais modernos equipamentos do mundo, fabricado pela Zeiss, o Visucam 500 (Alemanha). O exame de Retinografia, auxilia na documentação da anatomia do fundo de olho do paciente.
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O Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro – IORJ®, participa, estimula e atua divulgando diversos projetos de saúde ocular, inclusive na prevenção à cegueira.
Contamos com equipe médica especializada em Oncologia Ocular, e grande experiência no diagnóstico e tratamento do tratamento de Tumores Oculares que permitem a redução no tempo de recuperação do paciente e aumentam os índices de sucesso do tratamento, possibilitando resgate da qualidade de vida do paciente.
Lembre-se: Este artigo visa informar o público e não substitui avaliação por médico oftalmologista, que é o único profissional capacitado para realizar o diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Portanto, não pratique a auto-medicação e procure sempre o seu médico.
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